Frustrações

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Conversando com minha mãe uma vez, disse a ela que minha grande frustração na vida era não conhecer Nova York (pois é, minha vida não é muito dura), ao que ela respondeu: " Você é muito nova para ter qualquer frustração. Você ainda pode fazer o que quiser!". Tudo bem, a segunda parte é o típico comentário de mãe, que sempre acha que você pode fazer e ser o que você quiser, mas o primeiro faz sentido na maioria dos casos. Somos jovens e portanto podemos muito bem ir à luta e parar de reclamar da vida e correr atrás. Não fazemos isso sempre, acho que até porque é bom às vezes deixar a vida te levar e o destino decidir o que vai acontecendo. Afinal, faz um certo sentido imaginar que não importa o que a gente faça mesmo, as coisas sempre acabam se encaixando. Pelo menos pra quem tem a vida relativamente normal, como a gente, eu imagino. Não que eu esteja defendendo a inércia total, porque odeio gente que reclama mas não tenta mudar nada. Defendo a inércia parcial, só quando dá aquela vontade de evitar a fadiga! (sacaram a citação? Saudoso Jaiminho! Hahaahahahaha)

Mas e aquelas frustrações que já vêm com a gente há tanto tempo e que já fazem parte de nós mesmos? MEU NOME É LÚCIA E EU TENHO UMA GRANDE FRUSTRAÇÃO (coro ao fundo: "OI, LÚCIA!")! Sempre sonhei ter meus avós morando perto. Ao invés disso, não só meus avós paternos faleceram quando eu era criança e não tenho lembrança deles, como minha única vó viva mora longe pra caramba! É estranho porque eu sei que eu já sou grandinha e deveria ter superado isso, mas outro dia reparei que não. Primeira evidência disso é que adoro ver certos velhinhos na rua e não consigo parar de imaginar como seria legal ter uma casa com cheirinho de coisa boa e pessoas fofas me mimando! Evidência definitiva (além de sentir lágrimas nos meus olhos agora, enquanto escrevo): estava assistindo a uma aula outro dia e a professora resolveu ler um texto super simples que ela havia escrito sobre o avô dela. Todos da turma gostaram e tal, e eu só conseguia pensar e falar pra mim mesma: "não chora, não chora, você está em público e o texto nem é pra ser assim tão triste". Conclusão: imaginar uma família grande, com avós e tudo no Natal seria a minha idéia de vida perfeita (prometo post de Natal, claro). Aliás, filme de Natal que se preze se passa em Nova York. E Nova York é a minha "frustração". Seria essa então a ligação entre tudo???
Enfim, frustração mesmo tem que ser o que não tem jeito, né? Quais são as frustrações de vocês?

6 comentários:

Priscila disse...

Ahhhh, post fofo como sempre, Lu!
Em relação às frustrações, não tenho mts, não - como vc bem disse, nossa vida não é lá tão dura! Gracias!
Mas, pensando na sua, vejo que sou frustrada por nunca ter passado um Natal com neve - seja em NY (o mais típico. De repente com algum membro da família esquecido em casa hahahaha pegaram a piadinha, hein hen?!) ou em qq outro lugar todo branquinho!
Essa coisa dos avós eu entendo bem. Só conheci um avô e ele morreu qndo eu tinha 8 anos, então sempre acabo "adotando" os avós de amigos :)
Mas, minhas frustações mesmo são um tanto maiores. Eu e minhas questões metafísicas! hahhahaha
Sou meio frustrada por saber q nao achei meu lugar no mundo - tanto em termos de vocação qnto no termo físico msm. E tb por achar que eu sou mt diferente do resto do mundo: acho que ainda sou mt íntegra pra atual sociedade. Claro, que temos as gratas exceções, por exemplo, vcs! Mas penso que minhas frustrações não vão me matar, só são difíceis de se resolver! :P
PS: ah, Jaiminho! Adoto a filosofia de tamanho sábio com mt frequência! hahahahahahaha

Anônimo disse...

Assim como vcs, graças a Deus minha vida não é nem um pouco dura! Mas tenho, sim, uma única e grande frustração: MORAR LONGE DA MINHA MÃE! Isso faz diferença toda hora e é inevitável lembrar de vez em qdo como td seria bem melhor se ela estivesse aqui. Se acontece uma coisa bem legal, ela não está aqui pra eu poder contar a novidade. Se acontece alguma coisa ruim ou se "dá merda", eu não tenho o ombro dela pra chorar. Enfim: ela não está aqui pra me abraçar, me aconselhar, cuida de mim se eu ficar doente, me cobrir de noite, fazer minha comida preferida, dividir as experiências e as visões das coisas. Mas o pior d td pra mim é não poder dar a ela td o q gostaria: levá-la pra ver um filme q sei q vai gostar, pagar um almoço num restaurante legal q eu acabei d descobrir, passear nas praias paradisíacas, comprar uma bobeira no shopping q eu sei q ela gostaria d ter...
Tá, o comment não era pra ser deprê, mas foi meio q um desabafo.
SORRY :/

Priscila disse...

Feel free, Sil! O blog é nosso pra escrevermos o que quisermos né! Imagino que deva ser mt difícil msm, principalmente vc que tem uma relação super bacana com sua mãe. Mas é como vc msm já disse, temos que fazer alguns sacrifícios em prol de nossas escolhas. Não dá pra se ter td, mas td que temos já é supimpa!

Anônimo disse...

Brigada pela força, Pri!;)
Mas o melhor d td d seus posts é, sem dúvida, o vocabulário parecido com o do Wado... hahahahaha
bjs

Priscila disse...

Wado é o único que entende a abrangência desse nosso Português!

Lu disse...

Hahahahhahahhahha! Como transformamos assuntos sérios em bobeira, hein? Hahahahahhaha
Silvinha, sei bem o q vc sente, pq tb sou muito ligada à minha mãe e nem sei como seria morar longe dela. Mas é um crescimento gigante, por outro lado, ter que se virar sozinha, sem o colo da mãe.
Qto a vc, Pri, tb me sinto às vezes meio q diferente. Aquela velha estória de ser boazinha demais: sempre espero o mesmo dos outros e isso quase nunca acontece...

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